segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A megera domada - Shakespeare


"Apoie a lógica nos seus conhecimentos de mundo e pratique a retórica na conversa usual; inspire-se na música e na poesia e não tome da matemática e da metafísica mais do que o o estômago pode suportar, o que não dá prazer não dá proveito. Em resumo, senhor, estude apenas o que lhe agradar."

Um dos melhores quotes que retirei do livro, fiquei impressionada como a ideia de um livro de séculos atrás (foi escrito entre 1593 e 1594), possuir um pensamento tão recente, como "faça apenas o que lhe fizer feliz", algo que pensei ser tão atual, coisa do "nosso tempo". 

O livro ao qual me refiro é "A megera domada" do renomado William Shakespeare, essa é a segunda comédia que leio do autor (a primeira foi Sonhos de uma noite de verão) e a impressão que tive foi: mais uma vez fui com muita expectativa e acabei me frustrando. Não me levem a mal, eu gostei bastante do livro, mas acho que esse estilo literário (peças) não é muito do meu agrado, acredito que o motivo seja por eu querer me conectar com a estória, mas não conseguir porque a narrativa é muito rápida, não permitindo esse aprofundamento. O final é surpreendente e um tanto chocante, mas acredito ser uma crítica social por parte do autor. Recomendo a leitura.

A estória começa com uma briga num bar onde Sly troca farpas com a Hospedeira, pois ele quebrou copos do estabelecimento e não queria pagar por eles, ao ser avisado que chamariam os guardas, ele deitou no chão e adormeceu. Em seguida, um nobre chegou e decidiu pregar uma peça em Sly: quando ele acordasse, o levaria a acreditar que estava delirando ser um pobre vagabundo, quando na verdade era um fidalgo. Aconteceu da forma que o nobre planejou e Sly foi convidado para assistir uma peça, esta contará a estória dos moradores de Pádua, os personagens que irão compor os próximos capítulos do livro.

Batista é um homem rico, pai de duas lindas moças: Bianca, um doce de menina, delicada como uma dama deveria ser e Catarina, conhecida pela falta de papas na língua. A primeira tem vários pretendentes, mas só poderá casar depois de Cata, o que não será uma missão fácil para a família. Porém, os pretendentes de Bianca decidem se unir e contratam o grosseirão Petrúquio para fazer a ''fera'' se apaixonar, ele aceita pensando no dote oferecido pelo casamento e a partir daí muita confusão acontece enquanto ele tenta ''amansar'' Catarina através de medidas nada sutis ou dignas de um cavalheiro, o que acaba sendo engraçado, confesso. 

"Petrúquio: O que acontece é isto, caro pai: o senhor e todos que falam de Catarina não a compreenderam. Ela é violenta apenas por política, pois seu temperamento não tem nada de insolente. Ao contrário, é manso como o de uma pomba. Não é afogueada, mas fresca como a aurora. Quanto à paciência, dirse-ia uma nova Griselda, e uma Lucrécia, a Romana, em castidade. Em resumo, combinamos tanto que o casamento será marcado para domingo que vem. 
Catarina: O que eu gostaria, no domingo que vem, era de te ver na forca!" 

Os diálogos entre os dois são bem intensos. kkkkkk

Para os que estão pensando "já ouvi essa história em algum lugar", é provável que vocês tenham visto algumas das adaptações que foram feitas, por exemplo, aquele filme fofuxinho "10 coisas que odeio em você" ou a novela brasileira "O cravo e a rosa" que eu gostaria de ter acompanhado. Também tem um filme de 1967 com a atriz Elizabeth Taylor no papel de Catarina que logo irei conferir.

Espero que tenha gostado da resenha! Deixem seus comentários e me contem o que acharam do final do livro, vou gostar de ouvir outros pontos de vista. Bye bye.

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